domingo, 4 de outubro de 2009

o casamento de rachel (las hermanas)


Muito se fala sobre relações familiares, e agora tão na moda, sobre família disfuncional. Não somos todos um pouco, ou até muito disfuncionais? Se a resposta é sim, então a família também o é.
Para mim o que bate mais forte no filme o casamento de rachel é a relação entre irmãos, neste caso, entre irmãs. Ouço falar na maioria das vezes, quando o assunto é psicanálise, na relação vertical, não sei se este é o termo, e seus desdobramentos. Já a horizontal, relacionada a irmãos, ouvi pouco. Só que na real, a relação entre pais e filhos e entre irmãos coexistem, e se a vida segue seu curso de seleção natural, irmãos sobrevivem a seus genitores.
O filme revela muito de nossas vidas, onde culpas e interpretações equivocadas às vezes ficam na sombra ou por dizer, e quando são ditas não são benditas. As irmãs Rachel e Kim acham que o pai protege uma em detrimento da outra, mas as duas acham a mesma coisa, ou seja... A mãe parece meio espectadora de tudo, não quer tomar partido, não quer se meter. Como pode não se meter, se já está (compro)metida com a história familiar até o pescoço? Desconfio um pouco das pessoas que não tomam partido, ou que se dizem alheias aos outros e suas dores e afirmam, 'Cada um que cuide de sua vida.'
A filha adicta mostra as dificuldades daquela família com muita consciência e propriedade, ela se cansa de carregar os erros que não são só dela, ela se cansa de pedir desculpas por algo que já passou mas que é lembrado a cada momento. Ela está limpa há nove meses, mas sente a necessidade de pedir desculpas 'make amends' publicamente quando brinda no ensaio do casamento.
Os irmãos precisam lidar com as preferências, diferenças, sim, os pais tratam os filhos de forma desigual, ou é percebido desta maneira. As irmãs no filme se digladiam, e disputam a atenção e o amor do pai ao longo do filme. Também demonstram um afeto enorme que parece estar ou que precisa ser resguardado; afinal, sentimentos causam prazer e dor e provavelmente elas querem se proteger da dor.
O filme tem cenas bonitas e comoventes, nunca piegas, num encontro de NarAnon. O casamento parece que está acontecendo dentro da casa da gente, os personagens são possíveis, com suas inconsistências e incoerências. Tem uma coisa no filme de que não gosto tanto, acho o multi-culturalismo da festa de casamento um tanto forçado naquele contexto, mas é só.
Divirtam-se!

sábado, 19 de setembro de 2009

josé & filipa

Achei uma delícia este vídeo. É ou não? O violonista bonitão chama-se José Peixoto e tocou no Madredeus e ela é Filipa Paes, ouvi-a pela primeira vez há alguns anos, depois disso, só hoje.


cous cous

O segredo do grão é o nome do filme, Le graine et le mulet, Grão (cous cous) com peixe. Trabalhadores imigrantes Tunisinos na França, em busca de um lugar ao sol. Referências ao neo realismo italiano. Minha cena preferida é a da mulher que 'descasca' com a família do marido e o sogro chega de ouvinte inesperado e atônito. Postei a cena da dança do ventre porque é também maravilhosa, porém, um spoiler (tira um pouco/muito a graça do filme).


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

palavra

Nakba.
Descobri esta palavra por acaso há dois dias. Significa catástrofe ou desgraça, como queiram, ou ainda êxodo palestino, como quer a wikipedia.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

só pra contrariar

O dia 11 de setembro pode ter muitos significados, se fosse em um dicionário a 1ª definição para a entrada talvez fosse: data em que os EUA entraram para a história (contemporânea) no papel de vítima, sofreram um ato terrorista etc e tal. Talvez esse mesmo dicionário registrasse, mas não estaria entre as primeiras definições (já que o dicionário não é de minha autoria) para o verbete onze de setembro: data de morte/assassinato de Salvador Allende, presidente socialista no Chile. Lá no finalzinho, talvez na última linha, ou por falta de espaço nem estaria.

P.S.1 Um amigo me falou da data de morte de Allende semana passada.
P.S.2 A foto é do filme A culpa é do Fidel!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

mr sunshine

Deu uma nostalgia hoje de música pra dançar, ou só pra ouvir mesmo. Tudo começou com Fleetwood Mac, depois Paulinho da Viola com 'dinheiro na mão é vendaval, é vendaval' e Stevie Wonder cantando Isn't she lovely?
Não é que o video postado é anos 70 puro? Indumentária, arranjos, vocal, TUDO. Divirtam-se. Ah, adoooro a música.


sexta-feira, 28 de agosto de 2009