sábado, 11 de julho de 2009

minha língua minha pátria



Queria muito ver Budapeste, e o fiz há duas semanas. Quando me perguntam se gostei, quase sempre respondo que fui ao cinema com muita vontade de gostar do filme. Não sei porque digo isso, acho que para justificar que não o curti tanto quanto imaginei antes de vê-lo. 'Não vi e já gostei' originou-se talvez do 'trailer' instigante, e também do fato da história ser baseada em um romance de Chico Buarque, que deixou de ser uma pessoa de carne e osso há muito. Além disso, tem Leonardo Medeiros que vi atuar em Cabra-cega e Budapeste, uma cidade partida pelo Danúbio e também em seu próprio nome.

Aprender uma língua é também aprender tudo que vem antes e depois dela, por isso acredito que seremos sempre estrangeiros falando uma língua estranha e continuaremos forasteiros de nós mesmos. O filme para mim é permeado por este tema e é quando mais gosto dele. Do que não gosto tanto, não quero falar, importa menos que a Budapeste amarela desvendando-se pra gente.

Um comentário:

anouska disse...

eu quis muito ver 'budapeste', mas confesso que broxei. sei lá, ia ver sozinha e senti um cheiro de filme triste no ar. preferi deixar pra lá. mas vc poderia dizer do que não gostou. eu fiquei curiosa. bjs!